terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Nova Descoberta em Kom el-Dikka


Tradução da nota de imprensa de Zahi Hawass


Uma missão arqueológica do Conselho Supremo de Antiguidades (CSA) liderado pelo Dr. Mohamed Abdel Maqsoud, Chefe das Antiguidades do Baixo Egipto, descobriu os restos de um templo da Rainha Berenice (Berenike), mulher do Rei Ptolomeu III (246-222 a.C.), juntamente com um esconderijo de 600 estátuas ptolomaicas.

A descoberta foi feita durante escavações de rotina em Kom el-Dikka, numa área que pertence às Forças de Segurança de Alexandria.

Zahi Hawass, Secretário Geral do CSA, afirmou que os vestígios descobertos têm 60 metros de altura e 15 metros de largura, prolongando-se por baixo da Rua Ismail Fahmy. O templo terá sido destruído em era posterior, quando era usado como pedreira, o que terá levado ao desaparecimento do muitos dos seus blocos de pedra.

Segundo o Dr. Abdel Maqsoud, a missão, que inclui 18 escavadores e restauradores qualificados, desenterrou uma grande colecção de estátuas alusivas à deusa-gata Bastet, divindade da protecção e da maternidade, o que indica que o templo terá sido dedicado a esta deusa. Maqsoud salienta que as estátuas de Bastet e outras estátuas em calcário de mulheres e crianças não identificadas foram exumadas em três áreas diferentes do sítio. Também foram encontrados potes de cerâmica e estátuas em bronze e faiança relativas a outras divindades egípcias, bem como estátuas de terracota dos deuses Harpócrates e Ptah.

Os primeiros estudos realizados no local revelam que a fundação do templo pode ser datada do reinado da Rainha Berenice, o que faz dele o primeiro templo ptolomaico encontrado em Alexandria a ser dedicado a Bastet, indiciando que o culto da deusa Bastet terá continuado no Egipto após o declínio da era antiga.

Também foi descoberta a base de uma estátua de granito do rei Ptolomeu IV (205-222 a.C.), contendo inscrições em Grego antigo. O texto, escrito em nove linhas, revela que a estátua pertenceu a um oficial de topo da corte ptolomaica. Abdel Maqsoud acredita que a base foi feita para comemorar a vitória egípcia sobre os gregos, na batalha de Raphia em 217 antes de Cristo.

A missão encontrou ainda um grupo de antigas estruturas, incluindo uma cisterna de água romana, um conjunto de poços de água com 14 metros de profundidade, canais de água em pedra, os restos de uma área de banhos e um grande número de potes e fragmentos de cerâmica datáveis do século IV a.C..

Maqsoud pensa que esta descoberta é o primeiro vestígio da verdadeira localização do bairro real de Alexandria.

Mais informações em:

http://www.drhawass.com/blog/press-release-new-discovery-kom-el-dikka


Não sou profissional da tradução nem da redacção jornalística, mas lá me entretive a fazer isto. Perdoem-me qualquer lapso que tenha eventualmente ocorrido. A imagem pertence ao CSA e retrata uma estátua da deusa Bastet a segurar um pássaro entre as patas dianteiras.


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